Festas estão planejadas em diversas cidades em todo o país. Em Benghazi, onde o levante começou, o aniversário já vem sendo comemorado há dias.
Líbios comemoram nesta sexta-feira aniversário do levante que provocou a queda de Khadafi (Foto: Reuters) Apesar das comemorações, o país ainda enfrenta dificuldades e instabilidade. Centenas de milícias estão agindo pelo país - com acusações de torturas e execuções - sem que o governo consiga reagir.
O líder interino da
Líbia, Mustafá Abdul Jalil, prometeu na quinta-feira que o governo responderá duramente a qualquer ameaça à segurança nacional durante as comemorações de sexta-feira.
Sem festa oficialO levante começou no dia 17 de fevereiro de 2011 com uma grande manifestação contra Khadafi em Benghazi.
Rapidamente os protestos tomaram o país, levando a uma intervenção militar da Otan. O conflito acabou no dia 20 de outubro, com o assassinato de Khadafi em sua cidade natal, Sirte.
O governo decidiu não promover nenhuma festa oficial, em respeito às milhares de pessoas que morreram no conflito.
Mas isso não tem impedido o povo de celebrar. Na quinta-feira, moradores foram às ruas de Benghazi com seus carros para festejar.
Na capital Trípoli, alguns pontos de checagem foram montados para revistar as pessoas, na tentativa de impedir qualquer tipo de ataque.
Em um pronunciamento na TV, Jalil disse que seu governo 'abriu os braços para todos os líbios, sejam eles apoiadores da revolução ou não'.
Apesar do pronunciamento, o governo não tem conseguido lidar com os thuwwar, que são brigadas de ex-combatentes. Os thuwwar têm atacado ex-aliados do regime de Khadafi, provocando instabilidade e medo no país.
O correspondente da BBC em Trípoli Gabriel Gatehouse disse que o governo não conseguiu convencer os thuwwar a devolverem suas armas ou se juntarem ao Exército nacional.
Teme-se que se o governo não conseguir controlar e desarmar esses grupos logo, o país terá que voltar a um cenário de conflito.
Na quarta-feira, a organização de direitos humanos Anistia Internacional denunciou a ação das milícias.
De acordo com a Anistia, esses grupos têm promovido julgamentos sumários, cometendo torturas e matando antigos colaboradores de Khadafi.
O principal alvo são refugiados e os imigrantes de países da África negra, como o Níger, que lutaram ao lado de Khadafi.
A Anistia Internacional diz que o governo interino tem responsabilidade nos ataques ao não agir para preveni-los nem para contê-los.
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