Ataque mata 23 na cidade de Misrata, dizem rebeldes anti-Kadhafi da Líbia (Postado por Erick Oliveira)
O rebeldes já haviam alertado nesta quinta-feira para a ameaça de um "massacre" em Misrata pelas tropas leais ao governo caso a Otan não intensifique seus ataques nesta cidade.
"O número de mortos aumentou para 23 e dezenas estão feridos. Os mortos são civis e a maioria são mulheres e crianças. Sabemos agora que ao menos três egípcios morreram no ataque", disse um porta-voz rebelde que se identificou como Gemal Salem.
"Um massacre vai acontecer aqui se a Otan não intervir fortemente", disse outro porta-voz dos rebeldes, que se identificou como Abdelsalam, por telefone de Misrata.
Um intenso tiroteio foi registrado nesta quinta-feira à tarde entre as tropas leais e Kadhafi e os combatentes rebeldes em Ajdabiyah, leste do país.
O confronto aconteceu na zona leste da cidade. As tropas leais a Kadhafi lançavam obuses e os rebeldes respondiam com foguetes.
Os insurgentes e as tropas de Kadhafi disputam há vários dias o controle de Ajdabiya, cidade estratégica situada 160 km ao sul de Benghazi, reduto dos rebeldes.
Os insurgentes recuperaram a cidade na segunda-feira, depois de intensos combates no fim de semana, que deixaram pelo menos 35 mortos entre as forças de Kadhafi.
A Otan executou bombardeios em apoio aos rebeldes, para responder aos ataques das forças leais a Kadhafi.
Falta de apoio
A França e o Reino Unido, que lideram a coalizão de ataques aéreos contra as forças de Kadhafi, estão cada vez mais frustrados com a falta de apoio entre outros membros da aliança militar.
Em reunião com os ministros de Exterior da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta quinta em Berlim, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que os Estados Unidos vão manter seu apoio à ação militar liderada pelo Otan na Líbia até que Kadhafi deixe o país.
Os rebeldes que defendem Misrata, seu último grande enclave no oeste da Líbia e que tem sido cena de pesados combates nas últimas semanas, estão preocupados com a ausência de uma estratégia militar clara para tirar Kadhafi do poder.
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