Enfermagem Ecológica (N. 242) Parceria: O Porta-Voz e Painel do Coronel

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Repórter encontra armas brasileiras em depósito secreto de Kadhafi (Postado por Erick Oliveira)

O repórter da BBC Wyre Davies visitou uma fábrica de alimentos enlatados nos arredores de Trípoli, na Líbia, e descobriu que ela estava sendo usada também como um depósito de armas. A maior parte do armamento é de origem russa, mas o jornalista também encontrou centenas de pistolas brasileiras. Assista ao vídeo.
Para os rebeldes, esse é um exemplo do tipo de tática de Muammar Kadhafi. O coronel usava locais civis para abrigar armas e artilharia pesada, o que dificultava o trabalho da aliança militar Otan, que tinha como missão bombardear os estoques do antigo regime.
O temor do novo governo agora é que pessoas em diversas partes do país encontrem por acaso depósitos como este. Nesta fábrica, a maior parte das armas já foi saqueada, e sobraram poucas peças. Os insurgentes estão fazendo um apelo para que aqueles que se apropriaram de armamentos devolvam tudo que foi encontrado.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mulher e três filhos de Kadhafi chegaram à Argélia, diz chancelaria (Postado por Erick OLiveira)

A mulher do ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, e três de seus filhos chegaram nesta segunda-feira (29) à Argélia, anunciou o ministério argelino de Relações Exteriores.
"A mulher de Muammar Kadhafi, Safia, sua filha Aisha, seus filhos Hanibal e Mohamed, acompanhados por seus filhos, entraram na Argélia às 8h45 (4h45 de Brasília) pela fronteira com a Líbia", diz o comunicado divulgado pela agência estatal de notícias APS.
"A informação foi transmitida ao secretário-geral das Nações Unidas, ao presidente do Conselho de Segurança e a Mahmud Jibril, presidente do conselho executivo do Conselho NAcional de Transição líbio", continua o ministério.
Mais cedo, a chancelaria argelina havia informado um encontro entre seu ministro, Morad Medelci, e Jibril, a pedido deste último.
A fronteiriça Argélia afirma ter uma posição de "estrita neutralidade" no conflito líbio, mas foi acusada por lideranças rebeldes de apoiar o regime de Kadhafi.
O texto não dá detalhes sobre o paradeiro do coronel, que resiste aos rebeldes que tomaram a capital, Trípoli, com a intenção de estabelecer um novo governo no país, com o apoio das potências ocidentais.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Forças de Kadhafi bombardeiam aeroporto da capital da Líbia, diz TV (Postado por Erick Oliveira)

Forças leais ao ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, bombardearam nesta sexta-feira (26) o aeroporto da capital, Trípoli, danificando um avião, segundo a TV Al Arabiya.
Houve troca de tiros entre forças leais a Kadhafi e rebeldes que tentam tomar o poder, perto do aeroporto.
Na véspera, os rebeldes tomaram o distrito de Abu Salim, um dos maiores focos de resistência das forças do coronel Kadhafi, que continua em local desconhecido.
Apesar da continuidade dos combates em várias regiões da Líbia, o Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião, já começa a organizar um governo de transição, com apoio das potências ocidentais.
Sirte
Aviões britânicos bombardearam durante a noite um bunker na cidade de Sirte, reduto do regime e cidade natal de Muammar Kadhafi, anunciou o ministério da Defesa (MoD). "À meia-noite, uma formação de Tornados GR4s, que partiu da base da RAF (Royal Air Force) de Marham, em Norfolk, leste da Inglaterra, disparou uma salva de mísseis guiados de precisão Storm Shadow contra um bunker de um grande quartel-general na cidade natal de Kadhafi, Sirte", afirma um comunicado.
No entanto o secretário britânico da Defesa, Liam Fox, negou que o alvo fosse Kadhafi.
"Não é uma questão de encontrar Kadhafi, é de assegurar que o regime não tenha a capacidade de continuar fazendo a guerra contra o próprio povo", disse ele à BBC.
"O ataque que lançamos contra o bunker em Sirte na noite passada era para garantir que não haja comando e controle alternativo no caso de o regime tentar deixar Trípoli."

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Rebeldes tentam evitar banho de sangue na terra natal de Gaddafi



24/8/2011 13:31, Por Redação, com Reuters - Líbia





Rebeldes líbios se aproximavam de Sirte, a cidade natal de Muammar Gaddafi

Rebeldes líbios se aproximavam nesta quarta-feira de Sirte, a cidade natal de Muammar Gaddafi, o último bastião remanescente de partidários do governo e onde o próprio Gaddafi pode estar se escondendo, disseram eles.



Os partidários de Gaddafi na cidade, que fica cerca de 450 quilômetros a leste de Trípoli, foram instruídos a lutar até a morte e podem desconhecer que os 42 anos do governo de seu líder está no fim, disseram os rebeldes.



- Gaddafi enviou uma mensagem dizendo a eles para lutar até a morte, afirmou à Reuters Hassan Droy, representante do Conselho Nacional de Transição, órgão dos rebeldes. – Um problema é que as pessoas ali estão totalmente desconectadas. Elas não têm telefones nem eletricidade há três dias e não sabem o que está acontecendo.



Ele disse que os rebeldes tentariam negociar assim que chegassem à cidade, mas iriam lutar se necessário.



“Ele (Muammar Gaddafi) pode estar ali”, disse Droy.



Combatentes rebeldes invadiram Trípoli no início desta semana e entraram no complexo de Gaddafi, na capital, na terça-feira, no que é visto como um golpe final a seu governo depois de uma guerra de seis meses. Mas o paradeiro de Gaddafi continua um mistério.



Combatentes rebeldes se aproximavam de Sirte vindo de Misrata no leste e de Ras Lanuf no oeste, tendo tomado a maior parte do restante da costa, disseram fontes rebeldes. A maioria dos 6 milhões de habitantes da Líbia vive em cidades costeiras.



“Sirte é nosso principal desafio agora”, disse o porta-voz rebelde, Mohammad Zawawi. – Se conseguirmos tomá-la, vai significar que toda a costa e o norte da Líbia estarão desobstruídos e então poderemos olhar para o sul, afirmou.



Cerca de 100 mil pessoas moram em Sirte.





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Tags: ataques terroristas, Líbia, morte, Muammar Gaddafi

Repórter da TV Globo chega a Trípoli e relata clima calmo na capital líbia (Postado por Erick Oliveira)

O enviado especial da Globo à Líbia, Marcos Uchôa, chegou à capital do país, Trípoli, e relatou por telefone o que viu na cidade.
“Chegamos à Trípoli em um comboio de seis carros com jornalistas, pela estrada que passa pelo litoral, no lado oeste da cidade. Esse foi o caminho usado pelos rebeldes quando chegaram à Trípoli no ultimo fim de semana. A estrada está inteiramente dominada por eles, com checkpoints e postos de controle muito frequentes. Chegando dentro de Trípoli, a cada dos quarteirões tem um checkpoint deles.
Nessa manhã, está tudo muito calmo. Não da para ouvir tiros de confrontos. Apenas uma rajada ou outra, que são tiros normais de comemoração dos rebeldes e de uma população farta do Kadhafi e feliz com a queda do ditador.
A grande maioria dos jornalistas estrangeiros está hospedada em um hotel moderno, à beira do mar, que fica em uma área totalmente tomada pelos rebeldes, bastante segura. Os quatro jornalistas italianos, que haviam sido sequestrados nesta quarta (24), também estão neste hotel e passam bem. Eles foram libertados pelas famílias do grupo de homens pró-Kadhafi, que pegaram eles. Eles foram bem tratados, mas o motorista deles foi assassinado, por ser de uma cidade que é controlada pelos rebeldes.
Nas ruas, pelo que se pode ver até agora, o clima é de bastante otimismo, ao menos nas áreas dominadas pelos rebeldes.”

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Rebeldes tomam posse de QG na capital líbia, mas não acham Kadhafi (Postado por Erick Oliveira)

Os rebeldes da Líbia tomaram controle total da fortaleza do ditador Muammar Kadhafi em Trípoli na noite desta terça-feira (23), disse o porta-voz militar dos oposicionistas. Mas os rebeldes não encontraram sinais de Kadhafi ou de seus filhos no local.
"Bab al-Aziziya está completamente sob nosso controle. O coronel Kadhafi e seus filhos não estavam no lugar", disse o coronel Ahmed Omar Bani, em Benghazi, sede dos rebeldes. "Ninguém sabe onde eles estão."
Rebeldes anti-Kadhafi invadiram na tarde desta terça-feira o complexo, após uma batalha com tropas fiéis a Kadhafi.
Dentro da fortaleza, atiraram para o ar celebrando a invasão, e as forças de Kadhafi não ofereceram mais resistência, segundo o relato.
A TV Al Jazeera mostrou imagens dos rebeldes dentro da casa de Kadhafi. A Reuters relatou que centenas de combatentes rebeldes saquearam armas do bunker do ditador líbio.
O diplomata Ibrahim Dabbashi, enviado líbio à ONU que havia desertado do regime, confimou a invasão e disse que a Líbia deve ser "libertada" em 72 horas.
Ele confirmou que os rebeldes querem enviar Kadhafi, seu filho Seif al Islam e seu chefe de inteligência a julgamento no Tribunal Penal Internacional da ONU em Haia, na Holanda.
Mais cedo, aviões da Otan haviam bombardeado o complexo, também segundo a TV Al Jazeera. Violentos combates com artilharia pesada e foguetes aconteciam também em outros pontos da cidade.
Os rebeldes relataram a Catherine Ashton, principal diplomata da União Europeia, que controlam 80% da cidade, mas ainda enfrentam resistência.
Apesar disso, o Pentágono afirmou que as forças militares de Kadhafi ainda são perigosas, e que os EUA estão monitorando os depósitos de armas químicas do regime líbio.
O Departamento de Estado afirmou que quer liberar ao menos US$ 1 bilhão em fundos para a reconstrução do país, e que os EUA já discutem com a ONU como ajudar o novo governo líbio.
A fortaleza de Kadhafi já havia sido bombardeada por aviões da Otan durante a madrugada, segundo fontes dos rebeldes antigoverno que caçam o ditador, cujo paradeiro segue desconhecido dos rebeldes e de seus aliados ocidentais.
Mas a Otan disse que seus aviões sobrevoaram a capital, mas não confirmou que houve ataques ao composto.
Fontes do conselho rebelde também disseram que as tropas oposicionistas tomaram o controle do porto petroleiro de Ras Lanuf, no leste do país. O porto fica no caminho para Sirte, cidade natal de Kadhafi.  O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), o argentino Luis Moreno Ocampo, havia confirmado horas antes que recebera informações confidenciais segundo as quais Seif al Islam, objeto de uma ordem de prisão da corte por crimes contra a humanidade cometidos na Líbia, havia sido detido pelos rebeldes.
Mas, nesta terça-feira, o porta-voz do TPI afirmou que o tribunal nunca recebeu uma confirmação sobre a detenção.
O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafah Abdel Jalil, também havia afirmado na segunda-feira ter recebido informações seguras sobre a prisão.
Mohamed Kadhafi, outro filho do ditador que também teve a prisão anunciada no domingo pelos rebeldes, conseguiu escapar, de acordo com fontes rebeldes em Benghazi. Ele teria tido ajuda de homens leais a Kadhafi.
Nesta terça-feira, as forças do regime de Kadhafi dispararam três mísseis Scud dos arredores de Sirte, reduto do regime, contra Misrata, cidade controlada pelos rebeldes, informou a Otan, que classificou o ato como "irresponsável".
ONU
O enviado especial da ONU para a Líbia, Abdel Ilah Jatib, revelou que o regime líbio havia solicitado sua intervenção para negociar antes da ofensiva rebelde de sábado.
Os rebeldes entraram em Trípoli na noite de sábado e controlaram a Praça Verde - lugar simbólico no qual os partidários do regime costumavam se reunir - e a sede da televisão estatal, que desde a segunda não transmite sua programação diária, mas as forças leais a Kadhafi ainda resistem em alguns bairros, incluindo Tajura, Suq-Joma e Fashlom.
Segundo o Centro de Imprensa dos rebeldes, reforços estão chegando a Trípoli por mar a partir da cidade de Misrata, a 200 km ao leste, para garantir a tomada da capital.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Grupo anti-Kadhafi espera fim do regime em embaixada líbia no Brasil (Postado por Erick Oliveira)

Um grupo de cerca de dez líbios que vivem no Brasil, contrários ao governo de Muamar Kadhafi na Líbia, está na manhã desta segunda-feira (22) dentro da Embaixada da Líbia no Brasil. Eles aguardam a confirmação da queda do regime de Kadhafi no país.
A Líbia está em guerra civil desde fevereiro deste ano, quando forças rebeldes iniciaram protestos para exigir a saída de Kadhafi. Nesta segunda, franco-atiradores do governo líbio oferecem resistência ao avanço dos rebeldes que chegaram ao coração da capital, Trípoli, e foram ovacionados por multidões que celebravam o fim iminente dos 42 anos do regime.
De acordo com o empresário Mohamed El-Zwey, que está no Brasil há 24 anos e mora em São Paulo, o grupo está na embaixada em Brasília desde sexta (19) a convite de diplomatas líbios no Brasil que são contra Kadhafi. No fim de semana, cerca de 30 pessoas estavam na embaixada, mas uma parte do grupo precisou voltar para suas cidades.
O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Zubeide, e um diplomata são favoráveis ao regime de Kadhafi. Outros quatro diplomatas são contra o regime. O embaixador não está na embaixada na manhã desta segunda. O clima dentro da embaixada é pacífico.
O grupo que está no local faz parte dos que participaram de manifestação na sexta-feira em frente à embaixada.
"O Regime acabou. Só precisamos encontrar o coronel Muammar Kadhafi para confirmar. (...) Agora esperamos que o país torne-se democrático", disse o empresário Mohamed El-Zwey ao G1 na manhã desta segunda.
"O governo não tem mais forças, não tem nem o apoio das Forças Armadas", diz El-Zwey.
O comerciante Nabil Nasser mora no Brasil há quase 30 anos e também faz parte do grupo que está na embaixada. Veio de São Paulo para esperar a queda do regime líbio.
"Quero que a Líbia seja igual ao Brasil, onde todos podem se expressar. Queremos uma Líbia para todos. A gente confia no governo provisório", diz Nasser.
O autônomo Abdalla Al Hamdy participou dos protestos na sexta-feira. Disse esperar que o governo brasileiro agilize a saída do embaixador do cargo.
Contou que, em razão dos conflitos, a família dele deixou a Líbia em março e se mudou para Tunísia. Na última sexta, a família voltou para a Líbia. Um irmão ligou de Trípoli dizendo que os rebeldes controlaram a situação.
O diplomata Adel Swasy falou com a reportagem e disse esperar que seja "ótima" a vida na Líbia com o fim do regime de Kadhafi.

domingo, 21 de agosto de 2011

Regime de Kadafi desmorona

Publicado em 22 de agosto de 2011
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Rebeldes comemoram em Benghazi a invasão de Trípoli; relatos dão conta de mais de mil mortos nos confrontos com as forças do ditador, que está há 42 anos no poder
REUTERS
Forças rebeldes tentam controlar a capital do país; ditador disse que sairá vitorioso de batalha
Trípoli. O regime do ditador Muammar Kadafi "desmorona", disse ontem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), enquanto os rebeldes travavam uma forte batalha para conquistar Trípoli, o último passo para a vitória contra o governo.

"O que estamos vendo é o desmoronamento do regime", disse a porta-voz da Otan, Oana Lungescu. "O quanto antes Kadafi se der conta de que não pode vencer, melhor para todos", disse.

Forças rebeldes na Líbia anunciaram ontem ter chegado à praça Verde, no Centro de Trípoli, perto do quartel-general do ditador, sem encontrar resistência das forças leais ao presidente líbio.

A praça Verde é um dos símbolos do regime de Muammar Kadafi, e desde o princípio da rebelião as redes de televisão oficiais transmitiram ao vivo o reagrupamento dos partidários de Kadafi deste local.

De acordo com os rebeldes, citados pela TV "Al Jazeera", eles já controlam toda a capital, com exceção do complexo do ditador, em Bab al Aziziyah.

Imagens da rede de TV "Sky News" mostraram uma multidão reunida na praça, comemorando a chegada dos rebeldes.

Na manhã de ontem, o porta-voz do regime de Kadafi, Moussa Ibrahim, disse em entrevista coletiva exibida na TV estatal que ao menos 1.300 morreram e 500 ficaram feridas durante os confrontos em Trípoli. Paralelamente a isso, mais cedo, a Otan bombardeou o quartel general de Kadafi e o aeroporto.

Os combates dentro de Trípoli, combinados com os avanços dos rebeldes em direção à periferia da cidade, parecem sinalizar que essa é a fase decisiva de um conflito que já dura seis meses e se transformou no mais sangrento da "Primavera Árabe".

Filhos detidos
Mohammed al Kadafi, o filho mais velho de Kadafi, se entregou às forças rebeldes ontem, disse o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustapha Abdelkhalil.

Anteriormente, ele havia anunciado que o filho mais novo do ditador, Seif al Islam, havia sido preso.

Na noite de ontem, o Conselho Nacional de Transição (CNT) informou que um terceiro filho do ditador, Saadi Kadafi, foi preso pelos rebeldes.

A TV estatal líbia divulgou uma nova mensagem de áudio do ditador Muammar Kadafi, na qual ele faz um apelo para que partidários saiam às ruas para combater os rebeldes, que estão próximos do Centro da capital, para "salvar Trípoli".

"Bela Trípoli, eles vão entrar em uma cidade destruída. Imãs nas mesquitas, vocês precisam sair agora e marchar. Vão agora com suas armas. Todos vocês. Não deve haver medo", disse o ditador Muammar Kadafi.

O ditador disse que sairá vitorioso da batalha de Trípoli. Kadafi assegurou que não se renderá nem abandonará a capital.

Diante do confronto dos rebeldes com as forças leais ao governo pelo controle de Trípoli, a Casa Branca previu que os dias de Kadafi "estão contados".

"Acreditamos que os dias de Kadafi estão contados, e que o povo líbio merece um futuro justo, democrático e pacífico", declarou o porta-voz do governo dos EUA, Josh Earnest.

O Departamento de Estado americano disse que o ditador líbio deve deixar o poder se "realmente estiver preocupado com o bem-estar de seu povo".

"Claramente, a ofensiva em Trípoli está em andamento", e se Kadafi "se preocupa com o bem-estar do povo líbio, deixará o poder agora", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

Nuland acrescentou que o governo dos Estados Unidos está "monitorando a situação na Líbia e que autoridades americanas estão em estreita colaboração com os rebeldes".

Na noite de ontem, o governo britânico mandou um apelo a Muammar Kadafi, pedindo que ele renuncie e proteja o povo líbio de mais violência.

"Está claro, pelas cenas que vimos em Trípoli, que o fim de Kadafi está próximo", diz o comunicado oficial. "Ele cometeu crimes contra o povo da Líbia, e precisa sair agora para evitar mais sofrimentos".

Últimos confrontos

Fevereiro/2011
Primeiros grandes protestos contra o regime de Kadafi começam

Março/2011Otan bombardeia a Líbia e detém o avanço das forças militares de Kadafi

Agosto/2011Otan bombardeia o quartel-general de Kadafi

DESERÇÕES:
Ao longo dos últimos seis meses, importantes nomes das forças do ditador líbio deixaram o regime: Shokri Ghanem, chefe da estatal líbia de petróleo; Omran Abukraa, ministro do Petróleo; Abdessalem Jalloud, ex-primeiro-ministro da Líbia

AVANÇOS REBELDES:
Nos confrontos, a oposição tomou importantes pontos da capital líbia: Praça Verde (centro), Fashlum, Souq al Juma, Tajura, Janzur e Gargaresh

Rebeldes líbios chegam a Trípoli sem sinal de resistência

domingo, 21 de agosto de 2011 17:39 BRT

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Por Ulf Laessin
AL-MAYA, Líbia (Reuters) - Combatentes rebeldes da Líbia entraram nos subúrbios de Trípoli no domingo com pouco sinal de resistência, apesar do pedido do líder Muammar Gaddafi para que os líbios pegassem em armas e esmagassem uma revolta na capital.

Um grupo de rebeldes entrou pela parte ocidental da cidade atirando para o ar, disse uma testemunha. Segundo um repórter da Sky News, houve comemoração nas ruas.

As tropas rebeldes estavam fechando o cerco à capital desde sábado, para um ataque final ao reduto do líder líbio.

"Temo que se não agirmos, eles vão queimar Trípoli", disse Gaddafi em uma mensagem em áudio transmitida pela TV estatal.

"Não teremos mais água, comida, eletricidade ou liberdade."

Milhares de combatentes rebeldes foram vistos a 20 quilômetros a oeste de Trípoli, indo em direção à capital na noite de domingo, segundo um correspondente da Reuters.

Durante o avanço, os rebeldes assumiram o controle de um quartel pertencente à brigada de Khamis, uma unidade de segurança de elite, comandada por um dos filhos de Gaddafi, Khamis.

Os confrontos de sábado à noite e domingo de manhã mataram 376 pessoas em ambos os lados e feriram cerca de 1.000, de acordo com uma autoridade do governo que pediu anonimato.

O tiroteio começou na noite de sábado em Trípoli, numa revolta coordenada que as células rebeldes vinham preparando secretamente há meses.

Momentos depois, clérigos muçulmanos, usando os alto-falantes das mesquitas chamaram o povo para as ruas.

Em sua segunda transmissão de áudio em 24 horas, Gaddafi chamou os rebeldes de ratos.

Continuação...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Deputados brasileiros relatam dificuldades para entrar na Líbia (Postado por Erick Oliveira)

Os deputados brasileiros Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Brizola Neto (PDT-RJ), que estão a caminho da Líbia para avaliar a situação de cidades em conflito, relataram em seus blogs dificuldades para entrar no país.
Os dois estavam em Túnis, na capital da Tunísia, na noite de terça-feira (16). Os assessores dos dois deputados disseram ao G1 nesta quarta-feira (17) que não conseguiram contato com os parlamentares para saber se eles conseguiram ir para Líbia.
Protógenes postou em seu blog que uma ação de bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Líbia estava impedindo a entrada no país.
"Esses bombardeios estão impedindo, por hora, o ingresso da nossa delegação, que aguarda em Túnis a informação de que a região mencionada esteja sob controle das autoridades líbias. Somente com essas condições de segurança seremos autorizados a ingressar no país para realizarmos o nosso trabalho", diz Protógenes.
O deputado voltou a fazer críticas contra a Otan. "De antemão, fica possível atestar que a Otan está extrapolando os princípios e objetivos da sua atuação em território Líbio, posto que na região atingida não se encontravam, até o início dos ataques da Otan na segunda-feira, forças militares governamentais ou quaisquer milícias que pudessem representar perigo às forças rebeldes."
Também em blog, Brizola Neto contou que a delegação brasileira estava na noite de terça retida em Túnis "em razão do agravamento dos combates na área que separa a Tunísia e a capital líbia, Tripoli".
"O governo líbio diz que, neste momento, não tem como oferecer garantias ao nosso deslocamento, sobretudo contra ações aéreas e disparos de longo alcance. Há informações, não confirmadas, divulgadas pela Agência France Presse, de que ocorreriam negociações sigilosas entre o governo da Líbia e grupos rebeldes na ilha tunisina de Djerba, visando deter os combates. Assim que tivermos condições de segurança, vamos em frente", diz Brizola Neto.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

08/08/2011 11h03 - Atualizado em 08/08/2011 11h03 Rebeldes conquistam cidade líbia e avançam rumo à capital (Postado por Erick Oliveira)

Rebeldes líbios que tomaram o controle de uma cidade 80 km ao sul de Trípoli disseram nesta segunda-feira (8) que iriam avançar rumo ao baluarte do ditador Muammar Kadhafi, na capital.
O pequeno povoado no deserto é a posição rebelde mais próxima a Trípoli e sua captura no final de semana deve alimentar novas esperanças na vacilante campanha de seis meses para depor Kadhafi.
Combatentes contrários ao ditador estão acampados desde o final de junho nos arredores de Bir al-Ghanam, sem conseguir avançar. Segundo rebeldes que estavam na cidade nesta segunda-feira, eles ocuparam o local no sábado sob proteção dos aviões de guerra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que lidera a incursão internacional.
Eles disseram que o próximo alvo era Zawiyah, cidade na costa do Mediterrâneo, 50 km a oeste de Trípoli.
Zawiyah foi o local de duas revoltas frustradas contra o governo de Kadhafi em fevereiro. A maioria dos combatentes de Bir al-Ghanam são de lá, apesar de um grande número daqueles que participaram das revoltas estarem presos ou mortos.
'Nosso objetivo é chegar a Zawiyah. Quando fizermos isso, Kadhafi estará acabado', disse o rebelde Murad Bada, sentado na sombra de uma árvore e cantando uma música sobre Zawiyah.
A captura de Bir al-Ghanam é a maior conquista dos rebeldes em semanas de uma luta, na maior parte estática, em três frentes na Líbia. Mas somente isso não será o suficiente para minar o poder de Kadhafi.
A pequena força rebelde que está se aproximando pelo sul poderia enfrentar uma resistência muito mais forte ao chegar perto da capital, onde tropas governistas devem lutar com mais força e poderão contar com o apoio popular.
O avanço rebelde nas outras regiões foi dificultado por divisões e conflitos internos, além da falta de experiência em combates.
No sábado, o primeiro-ministro líbio disse a jornalistas em Trípoli que as forças do governo estavam em controle em Bir al-Ghanam, depois de afastar um ataque rebelde.
Mas na manhã de segunda-feira, o único sinal de forças governamentais na cidade eram armas abandonadas depois de sua retirada, segundo um jornalista da agência de notícias Reuters que estava no centro da cidade.