Enfermagem Ecológica (N. 242) Parceria: O Porta-Voz e Painel do Coronel

sábado, 17 de setembro de 2011

ONU aprova missão de apoio Líbio

NOVA YORK

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem uma nova resolução sobre a Líbia que estabelece uma missão política da organização, além de suavizar medidas anteriores, como o embargo de armas e o bloqueio de bens.

O órgão adotou por unanimidade um texto que detalha a ajuda imediata da ONU ao Conselho Nacional de Transição às vésperas da realização de eleições e da elaboração da Constituição líbia, além de estabelecer os passos para desbloquear milhões de dólares congelados há meses.

"A missão da ONU será dar ao povo líbio toda a assistência possível para organizar eleições, redigir uma constituição e construir as instituições de um Estado livre e democrático respeitoso com os direitos humanos", afirmou após o voto o embaixador francês, Gérard Araud. Ele elogiou as medidas que "restituem às autoridades líbias os meios econômicos para poder atuar", como "o desbloqueio progressivo de bens, dentro de um mecanismo claro e ordenado que permitirá à economia líbia recuperar-se para reconstruir o país".

Assim ficou estabelecida a Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL, na sigla em inglês) por um período inicial de três meses, com um mandato que, entre outras coisas, procura "iniciar um diálogo político sem exclusões, propiciar a reconciliação nacional e empreender o processo constituinte e eleitoral", segundo a resolução.

A resolução, de número 2.009, modifica e suaviza as sanções impostas nas resoluções 1.970 e 1.973, aprovadas no começo do ano, quando explodiu o conflito na Líbia que acabou com a expulsão do ditador Muamar Kadafi de Trípoli.

Brasil

O Brasil reconheceu o Conselho Nacional de Transição (CNT) como os governante legítimo da Líbia ao votar favoravelmente na Assembleia das Nações Unidas pela aceitação do órgão rebelde como representante do país africano no órgão internacional, conforme nota divulgada ontem pelo Ministério de Relações Exteriores.

A Assembleia Geral aprovou a concessão do assento da Líbia para o Conselho Nacional de Transição, que liderou os rebeldes que expulsaram o coronel Muamar Kadafi da capital do país africano, Trípoli. A resolução foi aprovada por 114 votos a 17, com 15 abstenções, revelando as divisões na África e na América Latina a respeito de quem deve representar a Líbia.


   

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Reino Unido vai liberar mais R$ 1,6 bi para o novo governo da Líbia (Postado por Erick Oliveira)

O Reino Unido está liberando mais 600 milhões de libras esterlinas (mais de R$ 1,6 bilhão) em fundos da Líbia, disse nesta quinta-feira (15) um porta-voz do premiê David Cameron.
"Estamos descongelando os fundos", disse o porta-voz.
"Eles precisam fazer coisas como pagar os trabalhadores do setor público e os policiais."
Cerca de 12 bilhões de libras (US$ 19 bilhões, 13,745 bilhões de euros) de ativos líbios foram congelados no âmbito das sanções impostas em fevereiro e março pelas Nações Unidas contra o regime do ex-líder líbio Muammar Kadhafi.
O CNT, que reúne as novas autoridades líbias, pediu recentemente uma ajuda de urgência de US$ 5 bilhões.
No dia 1 de setembro, no fim da Conferência de Amigos da Líbia em Paris, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou o desbloqueio imediato de US$ 15 bilhões de bens congelados de Kadhafi.
O anúncio foi feito na ocasião em que Cameron chega a Trípoli, capital da Líbia, sob forte esquema de segurança, ao lado do presidente da França, Nicolas Sarkozy, para negociar com os líderes do novo regime, que derrubaram o coronel Muammar Kadhafi há três semanas.
Os britânicos também devem ajudar o novo regime líbio a lidar com os estoques de armas químicas e com as minas deixadas por Kadhafi.
Sem ajuste de contas
Em entrevista conjunta com Cameron em Trípoli, Sarkozy pediu que não haja "vingança" nem "ajustes de contas" na Líbia entre as facções pró e anti-Kadhafi. Ele também apelou a países que receberam membros do antigo regime que os entreguem à Justiça internacional.
"O senhor Kadhafi deve ser preso e todos aqueles que são acusados (de crimes) sob jurisdição internacional devem ser responsabilizados pelo que fizeram", disse Sarkozy, em discurso na capital líbia.
Cameron, por sua vez, prometeu que a Grã-Bretanha ajudaria a perseguir e capturar Kadhafi. 'Isso ainda não acabou', disse ele em coletiva de imprensa na capital líbia. 'Ajudaremos vocês a encontrar Kadhafi e trazê-lo à justiça.'
Sarkozy e Cameron visitarão Benghazi, berço da revolução que derrubou Kadhafi, ainda nesta quinta-feira.
"Estamos prontos para ajudar, mas queremos saber o que é que vocês mais querem fazer", disse Cameron. "Esse é o momento em que a primavera árabe poderia se tornar um verão árabe e veremos a democracia avançar em outros países também."
Sarkozy e Cameron, que assumiram a responsabilidade por liderar a campanha da Otan, no qual os Estados Unidos assumiram um papel secundário, foram recebidos no avião com sorrisos e cumprimentados pelos dois líderes da fragmentada coalizão anti-Kadhafi.
Os líderes europeus, acompanhados de seus ministros de Relações Exteriores, foram recebidos com aplausos do público durante visita a um hospital em Trípoli -- indicando a popularidade de sua intervenção após 42 anos do governo de Kadhafi na Líbia.
O ex-líder líbio continua foragido e prometeu lutar de volta.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Interpol emite mandado de prisão para Muammar Kadhafi (Postado por Erick Oliveira)

A Interpol, a polícia internacional, emitiu mandados de prisão para o líder deposto da Líbia Muammar Kadhafi, seu filho Saif al-Islam e o chefe de inteligência do país, Abdullah al-Senussi, disse a organização internacional em um comunicado nesta sexta-feira (9).
O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) fez o pedido na quinta-feira à Interpol, cuja sede fica em Lyon, na França. "No que se refere à posição da secretaria-geral da Interpol, Muammar Kadhafi é um fugitivo cujo país de nacionalidade e o TPI querem ver preso e responsabilizado pelas graves acusações criminais feitas contra ele", disse o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble.
O TPI emitiu mandados de prisão em junho para todos os três por crimes contra a humanidade.
O promotor do TPI, Luis Moreno-Ocampo, disse querer que a Interpol emita um alerta vermelho para prender Muammar Kadhafi por supostos crimes contra a humanidade de assassinato e perseguição.
Autoridades em Níger
Um novo grupo de autoridades do regime de Muammar Kadhafi, com 14 pessoas, chegou à cidade de Agadez, no norte do Níger, disseram à agência de notícias Reuters nesta sexta-feira fontes do setor de segurança do país.
Entre eles está o general Ali Kana, um tuaregue que era um dos guardas mais próximos de Kadhafi e estava encarregado das tropas no sul da Líbia.
Duas fontes disseram que no grupo estão quatro graduadas autoridades, incluindo outros dois generais, cuja identidade não foi revelada.
Um repórter da Reuters em Agadez informou que os quatro estão hospedados em um hotel de propriedade de Kadhafi. Segundo uma das fontes, o grupo chegou na quinta-feira à noite, acompanhado de forças de segurança de Níger.
Representantes do governo de Níger não estavam disponíveis na manhã desta sexta-feira para comentar o assunto.
O país vem dizendo que autorizou a entrada de líbios em seu território por razões humanitárias. No entanto, o governo está sob pressão da comunidade internacional para entregar autoridades do governo Kadhafi acusadas de violações dos direitos humanos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Corte de Haia pedirá mandado da Interpol para prender Kadhafi (Postado por Erick Oliveira)

A procuradoria do Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda, afirmou nesta quinta-feira (8) que está pedindo à Interpol (a polícia internacional) que emita um mandado de busca do líder deposto da Líbia, Muammar Kadhafi, seu filho Saif al-Islam e o chefe de inteligência do regime, Abdullah al-Senussi.
A corte pediu em junho a prisão dos três, por crimes contra a humanidade.
O promotor do tribunal, Luis Moreno-Ocampo, disse querer que a Interpol emita os mandados de prisão para Kadhafi pelos supostos crimes contra a humanidade, de assassinato e perseguição.
'Prender Kadhafi é questão de tempo', disse ele.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Chanceler de Níger nega presença de Muammar Kadhafi no país (Postado por Erick Oliveira)

O ministro das Relações Exteriores nigerino, Mohamed Bazum, desmentiu nesta terça-feira (6) que o ex-ditador líbio Muammar Kadhafi tenha entrado em Níger em um comboio terrestre.
"Não é verdade, não se trata de Kadhafi e não acredito que o comboio em questão tenha as proporções que lhe são atribuídas", declarou à agência de notícias France Presse por telefone o ministro, que está em Argel para uma conferência sobre o Sahel.
Uma fonte militar nigerina informou algumas horas antes que um importante comboio de veículos civis e militares procedente da Líbia havia cruzado na noite de segunda-feira Agadez, cidade do norte do Níger, e mencionou boatos insistentes sobre a possível presença de Kadhafi no comboio.
"Na realidade, chegaram a Níger algumas personalidades de maior ou menor importância, mas nada mais. Não há dirigentes de primeiro escalão e muito menos Muamar Kadhafi e um filho dele", afirmou o chanceler nigerino.
Ao ser questionado sobre um possível asilo político a Kadhafi, Bazum destacou não estar habilitado a responder. "A presença de Kadhafi em Níger poderia causar alguns problemas", disse, sem revelar mais detalhes.
Dinheiro do BC
O comboio com dez veículos estava levando dinheiro de uma agência do banco central do país, disse nesta terça-feira um porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT), que representa os rebeldes. "Eles levaram dinheiro do banco central em Sirte", disse o porta-voz Abdel Hafiz Ghoga, referindo-se à terra-natal do ex-líder Muammar Kadhafi, que está foragido.
"Tarde da noite, dez veículos levando ouro, euro e dólares cruzaram de Jufra (na Líbia) para o Níger com a ajuda de tuaregues da tribo do Níger", afirmou Fathi Baja, chefe dos comitês do CNT para assuntos políticos e internacionais, falando à agência de notícias Reuters por telefone.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Caça a Kadafi pode terminar na cidade de Bani Walid

Com os canhões já preparados, a eventual entrada das tropas rebeldes na cidade desértica de Bani Walid está sendo preparada com cuidado, levando em consideração dois elementos fundamentais para o sucesso da operação.
O primeiro é o desejo de evitar a todo custo um desnecessário derramamento de sangue; o segundo, não desperdiçar a oportunidade de capturar o ex-homem forte da Líbia, o coronel Muammar Kadafi, e seus filhos, Saif al Islam e Sadi.
Não existe garantia alguma que os três estejam nesta região controlada pelos clãs mais fiéis à família Kadafi, mas os rumores são contínuos.
E embora o Conselho Nacional de Transição (CNT) insista em afirmar que sabe com toda certeza onde Kadafi e seu pequeno séquito se escondem, nem as autoridades civis nem os chefes militares entram em detalhes.
O único testemunho público até o momento é o de Mohamad Bashir Saleh, identificado pelo canal de televisão catariano "Al Jazeera" como um influente morador de Bani Walid.
"Não temos provas que tenha saído da área. E se saísse, seria fácil de ver, já que os rebeldes controlam toda a província. Acreditamos que se movimenta constantemente, com deslocamentos muito curtos e com ajuda das pessoas do lugar", afirmou.
"O tempo é fundamental. Mas deve haver um equilíbrio entre o tempo que dispomos para capturar Kadafi e a vida das pessoas" desta empobrecida cidade do deserto, onde vivem cerca de 50 mil pessoas.
Neste sentido, tanto o comando militar rebelde como a autoridade civil parecem conscientes que a resolução do ataque a Bani Walid e a forma com a qual se conquiste a cidade são cruciais tanto para o fim da guerra como para o processo de transição.
Ambas esperam que uma entrada triunfal, pacífica e sem vinganças, propicie um efeito dominó sobre outras cidades que ainda estão sob poder das forças de Kadafi, como Sirte ou Sebha.
A expectativa é que a eventual captura de Kadafi - ou pelo menos de seu filho Saif al Islam -, represente um golpe quase definitivo para aqueles que ainda lutam em defesa do asfixiado regime.
"A batalha de Bani Walid é talvez uma das mais importantes desta guerra de libertação, junto à tomada de Benghazi e Trípoli", admitiu nesta segunda-feira à Agência Efe um porta-voz militar rebelde na capital.
"Uma vez que Kadafi tenha sido capturado, tudo estará acabado. A Líbia será totalmente livre", acrescentou.
Enquanto políticos e oficiais trabalham nos corredores, no terreno os rebeldes acumulam, dia após dia, mais homens e armas ao redor de Bani Walid, que, segundo os poucos testemunhos que chegam, é praticamente uma cidade fantasma.
Cansados pelos longos dias de espera sob o forte sol do deserto, muitos dos soldados não ocultam sua ansiedade enquanto limpam os fuzis de assalto, carregam as baterias antiaéreas e testam os gatilhos.
Embora haja alguns tiroteios esporádicos, uma calma carregada de tensão e um transbordante otimismo percorrem a frente e impregnam o ânimo dos soldados.
"Entraremos e encontraremos esse rato escondido em um buraco como um animal. Não tem nenhuma escapatória", declarou no domingo à Efe Ibrahim al Buni, membro de uma milícia do oeste do país.
"Após 42 anos, não temos pressa. O importante agora é capturá-lo", considerou Al Buni, um jovem de olhar nervoso e pele morena marcada pelas cicatrizes.
Apesar do otimismo dos soldados, os comandantes não ocultam que a entrada forçada na cidade poderia acarretar um massacre, tanto entre as tropas como entre a população civil.
O número de fiéis ao antigo regime que se amontoaram em suas sujas e poeirentas ruas ainda é desconhecido, mas acredita-se que sejam cerca de centenas de homens fortemente armados protegendo pontos estratégicos, enquanto dezenas de franco-atiradores se espalham pelos telhados.
Também não se sabe com exatidão as condições de vida da população tanto em Bani Walid como em Sirte, mas existe o temor que ambas estejam à beira da catástrofe humanitária, segundo o coordenador da ajuda humanitária da ONU na Líbia, Panos Moumtzis.
"Estamos muito preocupados pela necessidade de proteger os civis nestes áreas. Sabemos que existe o diálogo, e confiamos em uma solução rápida e pacífica", concluiu.
EFE
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domingo, 4 de setembro de 2011

Líbia: confrontos perto do reduto pró-Kadhafi de Bani Walid (CNT)

SHISHAN, Líbia, 4 Set 2011 (AFP) -Na noite de sábado foram registrados alguns confrontos nas imediações de Bani Walid, mas ainda não há combates nesta cidade leal ao ex-líder líbio Muamar Kadhafi, em paradeiro desconhecido, asseguraram neste domingo autoridades locais do novo regime. No sábado à noite, Mahmud Abdelaziz, porta-voz local do Conselho Nacional de Transição (CNT), anunciou uma ofensiva contra Bani Walid. Vários jornalistas da AFP viram uma dezena de veículos 4x4 militares se dirigirem para este oásis, a sudeste de Trípoli.
"Durante a noite (de sábado), as forças de Kadhafi tentaram sair. Nossos combatentes responderam, ocorreram pequenos combates que duraram alguns minutos", declarou Abdelaziz na manhã deste domingo, assegurando que a linha de frente se encontrava agora 15-20 km ao norte de Bani Walid.
Segundo os combatentes locais, várias pessoas próximas a Kadhafi, incluindo seu filho Saadi, encontram-se atualmente em Bani Walid, mas não ele, ao contrário do que afirmaram alguns responsáveis do CNT nos últimos dias.
Segundo civis que fugiram de Bani Walid no sábado, muitos combatentes leais a Kadhafi saíram da cidade levando armas às montanhas próximas, e os moradores estão tensos em uma cidade fantasma com as lojas fechadas, sem gasolina ou gás.
dp/fc/hj/erl/ma
AFP